segunda-feira, 10 de setembro de 2007

PERGAMINHO

Trago tatuado
Na orla de todo o meu corpo,
Como se em óleo sobre tela,
As marcas e remarcas
De todo um passado.

Como se compilado
Estivesse em mim,
Uma espécie de alfabeto morto,
Onde encantos e desencontros,
Bordados em róseo cetim,
Colorissem a pele-aquarela.

E de onde se pudesse saber,
Apalpando,
Nos relevos da cela indolor,
Os sonhos que morreram mancos,
De uma estranha história de amor...

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