Num recanto solitário,
Manhã bonita,
Pequenina lágrima de orvalho,
Caindo da rosa,
Foi adormecer nas folhas verdes
De um antúlio logo abaixo.
Um cravo a espreguiçar-se,
Por ali, bem perto da roseira,
Deixou cair o orvalho como pranto,
Manso e cheio de ternura,
Que foi se abraçar docemente,
Sob o olhar paterno do antúlio,
À linda gotinha de rosa.
Daí surgiu um namoro bonito
Regado a carinhos e perfumes,
Promessas, afagos e denguices,
Sorrisos e ai-de-mins,
Até vir o primeiro vento da manhã
E balançar todo o jardim.
E eis que agora
Viraram gotas separadas,
Um par de lágrimas salgadas,
Simplesmente...
- Adeus, gotinha querida!
Bradou o orvalho da rosa
- Quem sabe o próximo vento?
Falou a do cravo em desalento...
E ficaram secando ao relento...
terça-feira, 11 de setembro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário