segunda-feira, 10 de setembro de 2007

CÉU DE OUTONO

Entra dia, sai dia,
É sempre a mesma alternância,
A nossa inconstante constância,
De alma, de humor e elegância,
Nas instâncias da alegria,
Que envolve a vida ditosa:
Cinza ranzinza,
Vermelho pentelho,
Rosa polvorosa.

Entra ano, sai ano,
E é sempre a mesma ametista,
Colorindo a palheta do artista,
Maravilha a sumir das vistas,
Neste alegre céu de outono,
O beijo em azul da natureza:
Indigo bendigo,
Anil sutil,
Turquesa beleza.

Benditos sois, então,
Os caminhos de imensidão,
Que percorrem os olhos meus e os teus,
Pois nestas andanças das vistas,
Não mais somos equilibristas,
Alternando o nosso vil destino.
Agora viramos turistas,
E andarilhos percorremos,
Os caminhos do céu diamantino,
Nas terras benditas de Deus.

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