sábado, 12 de abril de 2008

ATOR MIRIM

Fico pensando que esta sonsa madrugada
Que lembra muito uma mulher partindo
Ou lembra um barco se sumindo no horizonte
Traz no seu sangue sempre o álcool da saudade

E vou deixando que os vapores da malvada
Vá desenhando na neblina entorpecida
Imagens fortes de figuras indolentes
Momentos doces, torpes, loucos da minha vida
Numa mistura de achados e perdidos

E no repasse desse filme colorido
Vou percebendo que no enredo ou estratagema
Não fui herói e nem tampouco fui bandido

Mas, quando houve o tal humor na tela plana
E quando houve, enfim, um naco de poesia
Era um menino que roubava toda cena...

2 comentários:

SIMONE GUIMARÃES & POESIAS disse...

Gostei!

Unknown disse...

Sonolenta…
a madrugada espreguiça,
esticando um olhar
ao luar travesso
numa íntima espreita,
buscando o desejo
dormente na noite desnuda,
enquanto uma lágrima rola
muda na nostalgia
de um leito solitário.
Nele, uma alma insana
abraça um espectro,
sorrindo extasiada
ante o brilho de paixão
que imagina no olhar.
Contorna os lábios embevecida
com a meiguice da quimera…
…enquanto o corpo consumido
pela chama do desejo…
abraça o travesseiro,
envolto em sonhos,
aquecendo a solidão…
e numa química perfeita
o corpo entra em erupção…
sussurrando os desejos…
…e neste jogo de entrega,
um coração ardente de paixão
perde-se no labirinto da mente!

...amei seu devaneio em plena madrugada e não resisti e rabisquei...beijos esatelados na alma, Re...

refafazendo meu blog tb, apareça por lá:
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