domingo, 4 de novembro de 2007

Curruíra

Não nasci para as grandes alturas,
Vôos panorâmicos,
Alvuras, espaços,
Olhares festivos,
Manobras de águia
De garras em mãos...

Nasci para andar nas calçadas
Em dez palmos de terra,
Um pé-de-serra
Vôos rasos, sorrisos,
Subir e descer escadas,
Os pés rentes ao chão...

Melhor ser condutor de lanternas
Na ingente luta hodierna
Peixe pra lá de pequeno, Curruíra,
Lá onde ainda existe paixão...
Passarinho grande não!

Que ver o mundo só de cima
Estrábico...
Outro fã do não-me-toques,
Rei dos "Flashes", enfoques,
E cultor da vida propina...

Pois, quem só conhece as colinas,
Sai de cima!
Nunca viu abraço não...

3 comentários:

Ni ... disse...

Cantinho recheadinho com a poesia especial q vc tem...
Vim afofar a terra pra ver se novas plantas brotam... rsrsr

Beijo meu amigo poeta

Suggarlife disse...

Vc acabou de afofar uma Ni, com as mãos de jardineira e esse olhar doce de quem vê com a alma. Obrigado por estar aqui e recebe mais um beijo rsrsr.

SIMONE GUIMARÃES & POESIAS disse...

Muito vc, tem um jeito especial de escrever,continue assim!